quarta-feira, 28 de março de 2007

A Volta

Faziam duas semanas que eu não postava alguma coisa não é? É, a primeira dessas duas semanas não foi nada fácil. Na quinta-feira deste último post, a gente sentiu que tinha alguma coisa errada, mas achávamos que era só alguma burocracia por causa da viagem da Mô e que tudo daria certo. Ouvimos alguns boatos e tal, mas nem estávamos realmente preocupados. Então na sexta-feira caiu a bomba: "o projeto foi cancelado e vocês vão voltar pro Brasil". Ficamos completamente atordoados. Eu não esperava isso de jeito nenhum. Previsão de volta: nenhuma, mas o mais breve possível. Vocês nem imaginam como foi esse final de semana. Eu e o Leandro não conseguíamos parar de falar nisso, tentando entender o que estava acontecendo. Fiquei de cara principalmente porque tudo o que eu planejei nestes últimos 3 meses foi a viagem com a Mô, e o que a gente ia fazer aqui, que lugares a gente iria conhecer. Tanto é verdade que a minha única viagem foi pra Nottingham, nem pra Londres acabei indo. Eu queria era conhecer esses lugares com a Mô, Londres, Liverpool, Escócia, Manchester, York, etc. Já estava quase tudo acertado pra ela vir no dia 23 ou 30 de março.

Tudo bem, estou aqui a trabalho e tal e tenho me dedicado bastante a isso, mas poxa... Trabalho é só 8 horas por dia, o que eu iria fazer no resto do tempo durante os outros quatro meses que ficaria aqui foram muito planejados e eu estava super ansioso pela chegada da Mô. Fiquei até mais triste pela não vinda dela do que pela minha volta. Como se não bastasse isso, o trabalho estava indo super bem, o pessoal daqui estava gostando muito do nosso trabalho, a gente também estava gostando bastante, não só do trabalho como da cidade também. E de repente você está indo embora, não sabe nem se daqui a uma semana ou um mês.

Pra tentar explicar como eu estava me sentindo no final de semana seguinte a esta notícia, vou apelar para metáforas. Imagine que você está quase matando uma barata. Essa barata te deu uma canseira desgraçada, se escondeu debaixo do sofá, passou pelo meio das suas pernas, mas agora está ali no canto, sem pernas, completamente imóvel, só esperando pelo golpe fatal. Quando você está prestes a matá-la, simplesmente cai um boeing 747 na sua casa. Enquanto você está se desvencilhando dos escombros e pensando "que porra é essa, bátima?", você vê a maldita baratinha voando, livre leve e solta. Foi bem complicado.

O pessoal daqui ainda tentou brigar para pelo menos eu e o Leandro continuarmos aqui, mas no final vamos voltar. Bom, na verdade o Leandro ainda não tem certeza, mas a minha passagem já está sendo comprada. Provavelmente dia 3 ou 4 de abril eu já estou aí.

Agora já estou super bem, não vejo a hora de voltar de uma vez, poder ficar um tempo aí perto do pessoal e tal. Já tem outros projetos na agulha esperando a gente voltar. Pode ser que role outra viagem, mas prefiro esperar antes de contar alguma coisa. Rola uma certa tristeza pela despedida, mas estou tão na correria pra deixar tudo pronto antes de voltar que não sobra nem tempo de pensar nisso direito. :)

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